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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Presidente do Fla usa Imperador para ganhar eleições

A lista de gols e títulos de Adriano ao longo de sua carreira é extensa. Porém, em proporção muito maior estão suas confusões e desentendimentos pelos clubes onde passou. 

Adriano não foi mandado embora por receio de Patrícia
Mais extenso ainda que os dois quesitos anteriores estão suas linhas e mais linhas de falatório em apresentações nos  novos clubes que chegou, nos quais, via de regra, os discursos ficam em um tom de "esta é a minha última chance de provar que ainda posso jogar futebol de alto nível". Foi assim na Roma, no Corinthians, e mais recentemente em seu segundo retorno ao Flamengo. 

Bonito nas palavras, nem tanto nas atitudes. Pouco menos de dois meses de sua volta a Cidade Maravilhosa, Adriano já faltou sem justificativa plausível em pelo menos duas oportunidades. Segundo o site Globoesporte.com, em sua nova ausência no último final de semana, o jogador mandou diversas mensagens disconexas para o celular do dirigente Zinho, pedindo que ele o encobrisse neste novo vacilo.

Em sua conta do Twitter, Adriano disse que não foi ao treino de sábado por estar em dúvida se continuava ou não com sua carreira. 

A principal dúvida é: porque a diretoria rubronegra não rescindiu sua contrato se, à sua chegada, deixou claro que não iria tolerar deslizes do atacante como fez em seus clubes anteriores?

A resposta pode estar no dia 7 de outubro. Sim, dia de eleições municipais. O país inteiro escolherá seus novos (ou velhos) prefeitos e vereadores. Entre todos os elegíveis, Patrícia Amorim, presidenta do Flamengo tenta conquistar pela quarta vez uma vaga na Câmara de vereadores do Rio. 

O Imperador perdeu os treinos do final de semana na Gávea
Adriano oficialmente não está apoiando a dirigente carioca em sua empreitada como Vagner Love, por exemplo. A artilheiro do amor demonstrou apoio público a Patrícia em videos que circulam pela internet.

O Imperador não chegou a tanto, mas a verdade é que caso fosse mandado embora do clube, por seus atos de indisciplina constantes e sem nem ao menos ter a oportunidade de voltar a balançar as redes pelo Flamengo, a nação rubronegra, sabe-se lá porque ainda tão confiante em Adriano, ficaria enfurecida.

O resultado catastrófico nas urnas em função dessa possível afronta a massa flamenguista certamente passou pela mente de Patricia Amorim enquanto colocava na balança os prós e contras de uma possível demissão do artilheiro.

A dirigente também teve seu nome envolvido em polêmicas políticas no mês passado. Segundo levantamento feito pela Espn.com.br, Patrícia Amorim nomeou 25 pessoas ligadas ao clube e da sua própria família em seu gabinete na Câmara. 

No "primeiro turno" Adriano ganhou sobrevida no Flamengo. Se ele será "eleito" definitivamente ao final desse processo eleitoral, vai depender dos resultados das urnas no próximo domingo. O único detalhe é que não é ele quem está concorrendo. É Patrícia.

Confira o vídeo de Vagner Love em apoio à Patrícia Amorim:



Guilherme Uchoa e Richard Durante Jr.

Fotos: Vipcomm
Vídeo: Canal EquipePatríciaAmorim - Youtube


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Neymar é protegido?

Tema recorrente no futebol brasileiro: Neymar. O astro do moicano está envolvido em diversos assuntos que, por muitas vezes, nem sequer está relacionado ao futebol espetacular que apresenta em campo.

Neymar sofreu faltas duras, irritou-se e foi expulso do jogo
Um desses assuntos mais explorados é a proteção ou não proteção que o atacante santista receberia dos homens do apito no Campeonato Brasileiro. Os mais exaltados clamam que Neymar Jr. cava muitas faltas e tenta ludibriar a arbitragem com saltos espetaculares e quedas feias para contatos não tão violentos.

Outros afirmam que o artilheiro alvinegro apanha muito e seus agressores não são punidos com o rigor necessário.

A opinião do leitor

E você, leitor do Blog Faculdade da Bola? Acredita que Neymar é cai-cai, exagera nas faltas e é protegido pela arbitragem, ou ele realmente é caçado com violência e os lances não são punidos como deveriam? Deixe seu voto na enquete disposta nas próximas duas semanas no Faculdade da Bola.

Longo debate

A verdade é que a interminável discussão ganhou um novo capítulo em sua última partida pelo Santos, no domingo (30), contra o Grêmio, no Olímpico. Neymar - sempre muito vaiado pela torcida rival - foi expulso pelo arbitro Nielson Nogueira Dias aos sete minutos, depois de dividida com Pará, lateral gremista.

O atacante da seleção brasileira já havia sido punido com cartão amarelo depois de reclamar das faltas sofridas em um lance que arrancou do meio de campo, sofreu diversas pancadas, até finalmente ser derrubado próximo a área gremista. Nielson Nogueira mandou seguir, dando vantagem aos santistas, mas não puniu nenhum oponente.

Dois minutos depois de ser advertido, Neymar levou vermelho na jogada com Pará, interpretado pelo juiz como agressão do santista. Antes o garoto ainda tinha sido responsável pelo cartão recebido por Zé Roberto no primeiro tempo, em violento carrinho por trás.  

Neymar (11) levou vermelho direto após dividida com Pará
O comandante santista Muricy Ramalho disparou contra a arbitragem após a partida, alegando que Nielson Nogueira tentou ganhar destaque punindo seu atacante. "No primeiro cartão ele foi falar com o juiz, não chingou. Já está chato, [o arbitro] chama o moleque de lado para dar cartão. Está chato isso de o juiz querer aparecer em cima do Neymar. Ele exagerou, nos prejudicou", disse Muricy, que ainda inocentou Neymar no lance.

"Acho que ele [Nielson Nogueira Dias] se empolga com o barulho [da torcida]. Neymar toma porrada o tempo todo e não fazem nada. Ele só caiu por cima do Pará, não fez nada. Falam que ele é cai-cai, mas ele não faz isso e continua levando porrada", concluiu.

O atleta santista aprendeu a apanhar quieto na maioria dos lances, talvez já acostumado em ser o jogador mais caçado em campo, mas em algumas oportunidades perde a paciência e passa a reclamar com mais agressividade, sendo em muitas oportunidades punido. Sua última expulsão na carreira, inclusive, havia partido deste princípio.

No ano passado, durante derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, Neymar reclamou de uma falta recebida e levou o amarelo. Não satisfeito, aplaudio ironicamente a marcação do arbitro e acabou expulso.

Não bastasse isso, a joia ainda começou a passar por situação inédita em sua carreira: ser vaiado em jogos da seleção brasileira. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, foi vaiado pela torcida local quase todas as vezes em que tocava na bola.

A cena se repetiu em solos brasileiros, no Morumbi, durante amistoso contra a África do Sul. A atitude chegou a despertar atenção até de jogadores estrangeiros, caso do zagueiro argentino Sebá Domingos (com passagem pelo Corinthians), que, após a primeira partida entre as duas seleções pelo Super Clássico das Américas, disse que Neymar deveria ser melhor tratado pela torcida brasileira, por ser nossa maior esperança para a Copa de 2014.

A única certeza é que quem perde com as ausências de Neymar no Brasileirão - seja por suspensão ou por estar servindo o Brasil em amistosos pouco produtivos - não é unicamente o torcedor santista, e sim o torcedor brasileiro. Em pouco tempo, só poderemos ver essa estrela brilhar através da Tv a cabo, em campos distantes da Europa. Só então vamos perceber a falta que faz em nosso futebol. 

Guilherme Uchoa


Fotos: Futura Press e Ricardo Rímoli

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arbitragem brasileira vira moda nos Estados Unidos

O jogo acabou e o assunto mais comentado pelas redes de televisão, torcedores, jogadores e dirigentes foi o grave erro cometido pela arbitragem durante a partida.

Não, não estamos falando do campeonato brasileiro e o seu já conhecido fraco nível de arbitragem. Estamos falando da liga esportiva mais rentável e rica do mundo, a NFL, o futebol americano.

Jennings agarra a bola que garantiria a vitória do Packers
Responsável por cifras milionárias e por audiência de milhões de telespectadores no Super Bowl, sua final do campeonato, a National Football League (Liga Nacional de Futebol) dos Estados Unidos passou por uma grave crise na arbitragem.

As ‘zebras’ – como são chamados os juízes  pelo uniforme listrado em branco e preto – estavam em greve, não aceitando os termos da renovação trabalhista da NFL. 

A situação é similar ao que ocorreu na NBA, a liga norte americana de basquete, na temporada passada, quando o locaute dos jogadores atrasou o início da temporada.

Para que o já apertado calendário do futebol da bola oval não sofresse maiores prejuízos, os dirigentes da liga optaram por usar ‘árbitros reservas’ nas primeiras rodadas do campeonato. Ou seja, zebras que atuam em jogos do futebol universitário foram escaladas – e tiveram que escalar diversos níveis – para atuar nos jogos da elite do esporte.

O choque deve ter sido grande para esses homens, pois os erros foram se acumulando partida a partida. 

A gota d’água veio na última segunda-feira (24), durante o Monday Night Futebol - horário nobre da televisão estadunidense geralmente reservado para uma das principais partidas da rodada.

Em campo estavam Seattle Seahawks e Green Bay Packers, sendo que os Packers liderava a partida por 12 a 7 com menos de 10 segundos para o encerramento. O quartebacker Russell Wilson, de Seattle, lançou a bola para a endzone com oito segundos no relógio, em uma última tentativa de marcar o touchdown da virada. Em meio ao bolo de jogadores de ambas as equipes que subiram para agarrar a bola oval, MD Jennings, de Green Bay,  agarrou-a , impedindo os pontos.

Entretanto, Golden Tate, wide receiver do Seahawks, que já tinha cometido falta ao empurrar um adversário antes de pular, tocou na bola, e a arbitragem validou o touchdown. 

A situação só piorou quando, mesmo revisando durante 10 minutos o vídeo do lance, os árbitros mantiveram a marcação inicial, dando a vitória para o Settle Seahawks por 14 a 12. A decisão deixou o técnico derrotado, Mike McCarthy, transtornado. "Não me façam uma pergunta sequer sobre os árbitros. Nunca vi nada parecido em toda a minha carreira", vociferou após a partida.

Árbitros 'reservas' não agradaram no início da temporada
Em tempos de continua discussão sobre a implementação de tecnologia no nosso futebol, a falha em solos americanos comprova que, mesmo com as mais avançadas tecnologias e a possibilidade de rever lances, ainda é preciso ter gente capacitada para comandar os jogos.

Greg Jennings, também do Green Bay, fez coro ao seu comandante. "Se você colocar o Golden Tate em um detector de mentiras e perguntar se foi ele ou o MD que pegou a bola, ele vai dizer que foi o MD. Foi muito claro", disse.

Não bastasse a incrível derrota sofrida, os jogadores do Packers, que já estavam rumando para os vestiários após a controversa decisão, ainda passaram pelo constrangimento de  recolocar os capacetes e voltar a campo para cumprir a formalidade do "extra point", o chute entre as traves que confere mais um ponto ao time que marcou um TD.

Acerto com os árbitros principais

Quem gostou - e muito - da série de confusões vistas nas três primeiras rodadas da NFL, foram os árbitros 'titulares'. Após a enorme repercussão negativa envolvendo o grave erro de segunda, a liga aceitou as reivindicações do quadro principal de arbitragem e selou a renovação por oito anos.

Com o novo acordo a arbitragem passa a receber mais de 14 mil dólares por mês. Nada mal, apesar dos vencimentos de 2011 não estarem tão ruins – aproximadamente 12 mil dólares/ mês. 

A 'zebras' principais já estiveram em campo na quinta-feira (27) para comandar a partida entre Cleveland Browns e Baltimore Ravens, vencida pelos Ravens por 23 a 16.

Pelo menos, ao final da história, a Liga atendeu ao apelo de Everaldo Marques, narrador dos canais ESPN e ESPN Brasil, que encerrou a transmissão do fatídico jogo de segunda-feira com o apelo. "Paguem as zebras, pelo amor de Deus!".

Confira o lance polêmico do jogo entre Packers e Seahakws:



Guilherme Uchoa
Fotos: Getty images e AP

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A furada em que se meteu Hulk


Imagine você sair de um clube onde possui reconhecimento, carinho da torcida e histórico de títulos, para aportar em um novo time com menos prestígio internacional, conhecido mais pelos graves casos de discriminação por parte de sua torcida, em que os companheiros não te vêem com bons olhos e, por fim, onde até mesmo o presidente do país critica sua contratação.

Hulk foi comprado pelo Zenit St. por R$ 143 milhões
Pois é, o atacante da seleção brasileira Hulk mal chegou ao seu novo clube, o Zenit de São Petersburgo, na Rússia, e já sofre com chumbo cruzado vindo de todas as direções.

Comprado pelo clube russo junto ao Porto por 55 milhões de euros (aproximadamente R$ 143 milhões), o atacante sofreu críticas do meia russo Igor Denisov, que disse que "Hulk não é Messi e nem Iniesta. Compreenderia se tivéssemos contratando um desses dois, já que provavelmente não tem preço". 

As críticas de Denisov, também destinadas ao meia belga Witsel - que veio do Benfica -, dizem respeito ao salário que a dupla receberá do clube, muito acima dos vencimentos que seus companheiros possuem. A imprensa russa estimou que o brasileiro receberá algo em torno de R$ 17 milhões por ano. Pela dupla, o time russo desembolsou 100 milhões de euros.

Igor Denisov criticou salário de Hulk
Denisov recusou-se a jogar até receber aumento salarial e acabou afastado do elenco principal do Zenit, passando para as equipes menores. Informações do diário Sovietskii Sport dão conta de que o russo não aceitou pedir desculpas ao brasileiro, mesmo depois de solicitação de retratação dos dirigentes do clube. 

Talvez por herança de tempos socialistas, os russos não estão acostumados com grandes discrepâncias salariais em um mesmo ambiente.

Não bastasse Denisov, o presidente da Rússia Vladimir Putin, natural de São Petersburgo, afirmou não estar de acordo com os altos valores gastos por clubes através de seus patrocinadores para contratações. Questionado se o dinheiro investido nos jogadores não seria melhor aproveitado em atividades culturais, Putin disse que condena os diretores das grandes empresas patrocinadoras, ressaltando que são elas que despendem esses valores considerados exorbitantes.  

Como reflexo das afirmações polêmicas, o diário russo Izvestia noticiou na terça-feira (25) que os jogadores do Zenit estariam boicotando Hulk. Após o afastamento de Denisov, o atacante brasileiro teria tentado amenizar o ambiente no clube conversando com todo o grupo. Entretanto, a partir de então, seus colegas recusaram-se a conversar com ele.

O conhecido empresário Alexei Safronov, defendeu o atacante. "Qual é a culpa dele? Ele entra em campo e faz o seu trabalho. Hulk venceu pelo Porto e joga na seleção brasileira. Não foi encontrado em uma lixeira", disse Safronov a um portal de notícias.  

Não bastasse isso, outro problema que Hulk ainda não passou, mas poderá passar, é a discriminação por parte da torcida do Zenit. Os "Ultras", como são conhecidos os cinco mil torcedores radicais do clube, não aceitam negros em seu time, fazendo com que a diretoria não busque atletas africanos ou sul americanos.
Hulk terá de provar seu valor na Rússia

Mais do que isso, o grupo é responsável por gritos e manifestações raciais durante os jogos. Para citar apenas os brasileiros que já sofreram esse tipo de atitude no estádio Petrovsky, o lateral esquerdo Roberto Carlos abandonou uma partida entre Zenit e seu Anzhi em fevereiro de 2011, depois de ter uma banana atirada em sua direção. No mesmo jogo esses torcedores imitaram sons e gestos de macaco quando algum negro tocava na bola.

O atacante Vágner Love, do Flamengo, disse que por duas ou três vezes sofreu com racismo quando ainda jogava pelo CSKA em partidas contra o Zenit. "É sem dúvida, o time mais racista da Rússia", disse.

Na terça-feira Hulk fez um dos gols de seu time na apertada vitória por 2 a 1 sobre o Baltika, ajudando o time de São Petersburgo a avançar de fase na Copa da Rússia, e foi cumprimentado, mesmo que modestamente, por vários companheiros em campo.

O futebol costuma superar barreiras culturais e aproximar pessoas de locais distintos. Para Hulk, mais do que nunca, seus gols deverão ser usados para aquietar os ânimos da ignorante torcida russa e calar os próprios companheiros de clube, convencendo-os de que o investimento feito pelo Zenit é válido.



Confira o gol marcado por Hulk contra o Baltika e a reação de seus companheiros:


Guilherme Uchoa 
Fotos: Divulgação Zenit

sábado, 1 de setembro de 2012

Esporte Clube Sírio resgata ídolos do basquete brasileiro

Cena recorrente: Sucar dando autografo para jovem
A cena repetiu-se diversas vezes durante o sábado (25) no ginásio do tradicional Esporte Clube Sírio, em São Paulo. Os meninos Renan e Daud, ostentando camisas do clube com os números 5 e 48, respectivamente, além de seus nomes bordados, circulavam entre os gigantes ex-jogadores de basquete do clube colhendo autógrafos para o exemplar do livro ‘Kanela, um eterno campeão’  que carregavam.

A oportunidade era única: diversas lendas da seleção brasileira, e que também escreveram história no Sírio, estiveram presentes à quadra para a reinauguração da Galeria dos Imortais – homenagem prestada aos 11 atletas que mais vestiram a camisa do clube – além do espaço destinado aos campeões mundiais interclubes, conquistado em 1979.

Auxiliados por parentes, os meninos identificavam os gigantes em meio ao publico presente, composto por ex-atletas, familiares e sócios, para conseguir os registros no livro que conta a trajetória de Togo Renan Soares, vulgo Kanela, comandante da seleção nacional durante seu período mais vitorioso.

A homenagem conferida fez com que estivessem reunidos alguns representantes da seleção brasileira que, sob comando de Kanela, conquistou dois mundiais (1959, no Chile, e 1963, no Rio de Janeiro) e duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos (1960, em Roma, e 1964, em Tóquio).

Com o nome na Galeria, Menon fala ao Faculdade da Bola 
Entre os representantes ‘sírios’ que faziam parte da geração mais vitoriosa do basquete nacional, estavam Amaury Pasos (presente em todas essas quatro maiores conquistas), Mosquito e Antônio Sucar (campeões mundiais de 1963 e medalhistas de bronze de 60 e 64), Victor Mirchauswka (mundial de 63 e Olimpíadas de 64), e Luiz Cláudio Menon (campeão mundial em 63, mas que não esteve em Tóquio no ano seguinte por decidir dedicar-se aos estudos universitários). Desses, Amaury e Victor não estiveram presentes à celebração.

O pivô   Luis Cláudio Menon, campeão mundial em 1963, ressaltou a importância e satisfação pela homenagem recebida. “É um dia especial em minha vida. A galeria dos imortais já existia, de uma maneira mais simplória. Era simplesmente uma camisa com o nome do atleta e seus títulos, mas hoje a diretoria refez essa galeria, tornando-a maravilhosa. Foi uma homenagem maravilhosa, que esta registrada através de algumas fotos que jamais nos esqueceremos”, disse Menon. “É uma enorme satisfação sermos homenageados em um país que não tem memória. O Sírio está contrariando essa máxima”, destacou o pivô, que defendeu o clube durante toda sua carreira, entre 1963 e 1974.

Observado por Menon, Renan (5) colhe mais autografos
Do grupo dos campeões mundiais pela agremiação, em 1979, Oscar e Marcel faziam parte da seleção brasuca vencedora do memorável pan-americano de Indianápolis, em 1987, contra os Estados Unidos, donos da casa. A dupla teve seus nomes gravados na placa ao lado do placar eletrônico da quadra, juntamente dos outros integrantes do time, técnico e dirigentes.

Atualmente o Esporte Clube Sírio não possui mais equipes profissionais de basquete, mas ainda conta com categorias menores, mantendo o incentivo à prática da modalidade no país, o que pode ser comprovado pela grande quantidade de crianças e adolescentes praticantes do esporte no evento.

Dentre estes jovens, Renan e Daud já contavam com o livro repleto de rabiscos ilegíveis ao final das celebrações. Para eles, assim como para quase todos, pode ser difícil identificar os autores de cada um dos garranchos. Entretanto, não é nada que interfera na verdadeira aula de basquete e história que todos os presentes tiveram naquela agradável manhã de sábado.

A Galeria dos Imortais e dos campeões mundiais podem ser vistas ao lado do placar eletrônico 

Guilherme Uchoa


Fotos: Guilherme Uchoa

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Zanetti é eleito principal destaque brasileiro em Londres

O ginasta Arthur Zanetti exibe orgulhoso a medalha de ouro
Sejamos francos. Quantos brasileiros conheciam Arthur Zanetti antes de vê-lo pela televisão ostentando o inédito ouro brazuca nas argolas - nossa segunda medalha dourada em Londres? O pequeno brasileiro, de 1,56 metros, poderia perfeitamente andar despercebido pelas ruas das grandes capitais nacionais antes de ganhar notoriedade por seus movimentos pendurado sobre as argolas londrinas, aparentemente suaves, mas que exigem força e preparo físico exemplar.

O reconhecimento foi imediato. Entrevista atrás de entrevista para todos os principais meios de comunicação que marcaram presença nos Jogos Olímpicos, e em pouquíssimo tempo as imagens do sorriso do jovem de 22 anos, natural de São Caetano do Sul, em São Paulo, assim como suas mãos calejadas, rodariam o Brasil e o mundo esportivo.

Os 15,900 cravados por Zanetti, e contestado pelo técnico 'fala muito' do chinês Yibing Chen, favorito da prova, surtiram reflexos para o torcedor leitor do Blog Faculdade da Bola. Após duas semanas de votação no site, os leitores elegeram Arthur Zanetti como o brasileiro de maior destaque durante as Olimpíadas de Londres, com 37% dos votos.


Votação 

A disputa de Zanetti foi acirrada com Sarah Menezes, a judoca que conquistou nossa primeira medalha de ouro em Londres. Justiça seja feita: Arthur liderou a votação do começo ao fim, mas sempre seguido de perto pela judoca piauiense.

Sarah ganhou a primeira medalha de ouro do judô feminino 
No final, o ginasta ficou com  37% do total, contra 31% das escolhas para Sarah . A supremacia da dupla foi tão grande que os outros oito atletas que receberam votos somados também computaram 31%, mesma quantidade que Sarah Menezes.


Desta fatia o pugilista Esquiva Falcão ficou com a terceira colocação. O detentor da inédita medalha de prata do boxe brasileiro ficou com 8% das escolhas.




Guilherme Uchoa

Fotos: Marcos Ribolli e Rodrigo Faber

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Balanço da primeira metade do Brasileirão

Após dezoito rodadas e restando apenas uma para terminar o primeiro turno do Campeonato Brasileiro e atingir assim 50% da competição, podemos destacar os principais jogadores, a revelação, a briga pelo descenso e as chances de título.

O uruguaio Fórlan ainda não marcou gols com a camisa colorada


A decepção fica por conta do Internacional. Mais uma vez o clube gaúcho começou a competição apontado como um dos favoritos e mesmo com contratações de peso com Fórlan, Juan e recentemente Rafael Moura parece que a vaga na Libertadores já estará de bom tamanho para o Colorado.


A surpresa se chama Portuguesa. O time da capital paulista era apontado por quase todos como já rebaixado antes do Brasileirão ter início devido ao péssimo desempenho no estadual, em que foi parar na segundona. Mas a medida que as rodadas foram passando, a Lusa foi conquistando pontos importantes e atualmente ocupa a zona intermediária da tabela. Ainda não está livre da série b, mas se mantiver este nível de aproveitamento não cai.


O jovem Bernard foi preterido das Olimpíadas por Mano Menezes


A revelação do campeonato neste primeiro turno atende pelo nome de Bernard, do Atlético Mineiro. O garoto é muito habilidoso, parte pra cima dos adversários e é peça fundamental no time de Cuca. Claro que Ronaldinho Gaúcho, Jô e o goleiro Victor dão um toque de experiência ao grupo e passam confiança aos mais novos.


Luís Fabiano é a maior decepção entre os jogadores com potencial nesta primeira metade de campeonato. O atacante do São Paulo fez apresentações medianas e passou boa parte no departamento médico. Talvez isso explique um pouco da campanha irregular do time do Morumbi.

O técnico Cuca é sem dúvidas o melhor do primeiro turno. O comandante do Galo levou o time ao título simbólico de campeão do turno com duas rodas de antecedência (o Atlético tem um jogo a menos) e conseguiu fazer Ronaldinho Gaúcho e Jô voltarem a se destacar e dar um padrão de qualidade ao time. O clube mineiro tem apenas uma derrota, para o São Paulo, e é sério candidato ao título após 41 anos de jejum.



Barcos ganhou a confiança de Felipão e da torcida com o seu faro de gol


E para terminar esse balanço, como o Campeonato Brasileiro está recheado de jogadores estrangeiros, o melhor gringo atuando em nossos gramados foi o atacante palmeirense Hernán Barcos. O argentino conseguiu salvar o alviverde em muitos jogos e seu faro de gol está sempre apurado. O Verdão está em uma zona perigosa na classificação, mas sem Barcos com toda certeza a situação seria muito pior.


Richard Durante Jr