Depois da 100ª medalha da história olímpica brasileira conquistada pela pugilista Adriana Araújo, o país encontra-se próximo de atingir o maior número de medalhas entre todas as suas participações dos Jogos Olímpicos. A possibilidade de superar as 15 medalhas conquistadas em Atlanta - 1996 e Pequim – 2008 passa pelas mãos dos jogadores do vôlei masculino.
Esquiva pode colocar mais um ouro no pescoço do Brasil |
Ao final do 13º dia de competições o Brasil figurava na 26ª colocação no quadro geral de medalhas, tendo pendurado em seu pescoço 11 medalhas (duas de ouro, duas de prata e sete de bronze). Com mais quatro medalhas já garantidas no futebol masculino, boxe e vôlei feminino, ao menos igualaremos as campanhas de 96 e 2008.
O futebol masculino, liderados por Neymar, Oscar e Leandro Damião, encara o México no sábado (11), às 11 horas, para tentar o inédito ouro. Os irmãos Falcão entram no ringue na sexta (10) valendo vagas na decisão. Como o boxe não possui combates pela terceira colocação, mesmo em caso de derrota a dupla ganhará medalhas. Já as meninas do vôlei vão para a quadra também no sábado, às 14h30, contra os Estados Unidos.
Vôlei encara Itália por uma vaga na final |
Além dessas modalidades, o brasileiro ainda pode alimentar esperanças na vela, com a dupla Fernanda Oliveira e Ana Barbachan tentando o bronze, no revezamento 4 x 100 masculino e feminino e nos três representantes brasucas na tradicional maratona, no domingo, último dia de competições.
Claro que superar nossa melhor marca em medalhas de ouro ou no quadro geral não será fruto de incentivos esportivos por parte de nosso Governo. Pelo contrário, passamos por dificuldades em praticamente todas as modalidades e suas respectivas confederações demonstram amadorismo desesperador.
Há quatro anos de sediar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, os próprios atletas que atingiram lugares no pódio fazem questão de ressaltar e criticar a falta de incentivo. Arthur Zanetti, primeiro colocado nas argolas – conquista inédita para um brasileiro na ginástica em Olimpíadas – fez questão de alertar com relação à falta de apoio sofrida pela modalidade e mostrou o desejo de que sua vitória resulte em mais investimentos à ginástica.
A boxeadora Adriana Araújo, responsável pela primeira medalha do boxe brasileiro em 44 anos, foi além: desferiu duros golpes – quase jabs e diretos que costuma fazer em combate – contra o presidente da CBBoxe, Mauro José da Silva. “Ele menospreza muito o boxe. Não só o masculino, como o feminino. Fui muitas vezes humilhada por ele. Disse que eu não tinha condições de me classificar (para os Jogos). Para calar a boca dele, me classifiquei e fui medalha de bronze”, disse após a luta com a russa Sofya Ochigava.
Apenas a titulo de comparação, Estados Unidos e China, países que possuem sistemas invejáveis de incentivo e desenvolvimento esportivo, brigam medalha a medalha pela primeira posição do ranking Olímpico. Ao término do 13º dia de competições, Estados Unidos lideravam o ranking com 39 medalhas de ouro e 90 no total. Seguindo de perto, os chineses encerraram o dia com 37 de ouro e 80 na soma.
Concluindo, é muito provável que, mais uma vez, as duas nações superam apenas nesta edição a quantidade de medalhas que nos brasileiros temos em toda nossa história. Vergonhoso para um país do tamanho do Brasil e com o potencial e riquezas que possui.
Guilherme Uchoa
Imagens: AFP, Reuters e reprodução Globoesporte.com
Concluindo, é muito provável que, mais uma vez, as duas nações superam apenas nesta edição a quantidade de medalhas que nos brasileiros temos em toda nossa história. Vergonhoso para um país do tamanho do Brasil e com o potencial e riquezas que possui.
Guilherme Uchoa
Imagens: AFP, Reuters e reprodução Globoesporte.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário