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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ministério dos Esportes quer mais do COB em 2016

O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Londres com o recorde de medalhas em uma única edição: 17. Apesar disso, mais uma vez figuramos em posição modesta no quadro geral de medalhas, permanecendo com a singela 22ª colocação, atrás de países com pouca tradição esportiva, como Cazaquistão, Irã e Coréia do Norte.

Rebelo quer Brasil entre os 10 melhores no Rio-2016
Além disso, algumas medalhas tidas como certas, mas que ficaram pelo caminho, deixaram os brasileiros com a sensação de que “poderiamos ter ido mais longe”. Até mesmo entre os políticos existe esse sentimento. Mesmo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) 'voando baixo' com a previsão de 15 medalhas em Londres, o governo federal esperava mais, apostando em 20.

Com isso, aumenta a pressão sobre o comitê para que em 2016, em solos cariocas, os resultados sejam melhores e mais dignos de um anfitrião. Por enquanto não se falam em números para as Olimpíadas do Rio, mas o ministro dos esportes Aldo Rebelo fala em ficar, ao menos, entre os dez primeiros no total de medalhas. Para isso teriamos de ganhar ao menos 11 medalhas a mais do que conseguimos este ano, usando os Jogos recém-terminados como parâmetro.

Na Inglaterra, Coréia do Sul e Itália ficaram na nona e décima posição, respectivamente, com 28 medalhas cada. O Brasil, por sua vez, ficou na 16ª colocação na soma de medalhas, empatado com Hungria e Espanha em 17, mas perdendo nos números de medalhas de ouro e prata.

Para conseguir escalar esses seis degraus olímpicos, o investimento nos esportes de alto rendimento, em especial aqueles que conferem muitas medalhas, como boxe, natação e atletismo, deve aumentar. A expectativa fica para o anúncio da presidente Dilma Rousseff sobre o incremento de investimento nos esportes, que no último ciclo olímpico foi de cerca de R$ 1,7 bilhões.

O boxe, de Yamaguchi, deu três medalhas para o Brasil
O destino do dinheiro também deve mudar. Em Londres, os esportes coletivos ficaram devendo, enquanto que modalidades individuais em que poucos apostavam (caso do boxe e pentatlo moderno) renderam conquistas. Essas gratas surpresas é que foram responsáveis por fazer o país conseguir ultrapassar seu recorde de medalhas em uma única edição da competição.

Caso o investimento aumente e o país aproxime-se das metas que o ministério dos esportes planeja, será possível manter a sensível melhora existente dos últimos ciclos olímpicos que passamos sob governo petista, em relação as  olimpíadas do governo PSDB.

Com Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, na presidência, o Brasil ficou com a 25ª colocação geral em Atlanta-1996 (15 medalhas, sendo três de ouro) e 52ª em Sydney-2000 (12 medalhas, nenhuma de ouro).

A partir dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, já com Luiz Inácio Lula da Silva - do PT - a frente da nação, subimos nas tabelas de classificação.  Na Grécia, o Brasil ficou com a 16ª colocação geral – nossa melhor marca desde a 15ª posição nos distantes jogos de 1920, na Antuérpia – com cinco conquistas de ouro - também a melhor marca do país nesse quesito.

Quatro anos depois, em Pequim, 23ª colocação com três ouros, uma posição abaixo da 22ª de Londres, também com três medalhas de ouro, sob comando de Dilma Rousseff, sucessora de Lula no governo petista.

A escalada é contínua, mas lenta. Portanto, para não fazer papel feio em sua própria casa, os resultados na cidade maravilhosa tem que ser proporcionais ao salto que o ministério quer dar na tabela.

Guilherme Uchoa

Fotos: Alastair Grant/ AP e Reuters

4 comentários:

  1. Que bobagem meter partido político no meio da estória...

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  2. Não tenho preferencia por nenhum dos dois partidos. É apenas uma constatação estatística do desempenho do Brasil em Jogos Olímpicos sob o comando dos dois partidos.

    Guilherme Uchoa

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  3. É... como a escalada (ligada à politicagem) é lenta, vamos esperar uns 100 anos pra conseguirmos estar no grupo médio.
    Johe

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  4. Que bobagem meter partido político no meio da estória... [334367]

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