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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Rodada de definições no Brasileirão

Começa neste sábado, dia 30 de junho, a sétima rodada do Campeonato Brasileiro. E promete ser uma rodada de afirmações, tanto para as equipes da parte de cima da tabela, como para aquelas que apesar do início, já começam a se preocupar com a zona da degola.


O Cruzeiro tem um teste dificílimo pela frente, o São Paulo. O time mineiro tem jogado muito bem fora de seus domínios porque a filosofia de seu treinador (Celso Roth) é de contra-ataques, mas como a equipe celeste se portará jogando no estádio Independência lotado? Será que vai sair pro jogo? Ou vai esperar o time paulista? Por outro lado, o tricolor faz o seu primeiro jogo sem o técnico Émerson Leão, que foi demitido nesta semana. O time eliminado da Copa do Brasil pelo Coritiba ainda junta os cacos e tenta se reerguer no Brasileirão, afinal só os quatro primeiros garantem vaga na Libertadores de 2013 e este é o maior desejo do time do Morumbi.


O Cruzeiro defende a liderança do Brasileiro contra o São Paulo


O outro mineiro que está parte de cima da tabela é Atlético de Ronaldinho Gaúcho, aliás, que jogo complicado para o Galo e para o dentuço, vai encarar o Grêmio, em Porto Alegre. R49, que quando defendia o Flamengo foi muito hostilizado pela torcida gremista vai voltar ao estádio Olímpico e tentar levar o Galo a liderança do Brasileirão. O Grêmio de Wanderlei Luxemburgo está numa situação parecida com a do São Paulo, tenta se achar na competição após ver o sonho da Copa do Brasil naufragar diante do Palmeiras.


O Internacional de D'Alessandro tenta encostar nos líderes
Teremos outros bons jogos, como o Fluminense que vai a Recife encarar o Náutico embalado pela goleada na última semana diante do Atlético Goianiense e o Internacional que está numa mini excursão pelo Nordeste, afinal, venceu o Sport na última rodada e agora encara o Bahia, em um jogo que traz recordações muito boa aos baianos. Foi em cima do time gaúcho que o Tricolor baiano conquistou seu último título brasileiro em 1988, comandados por Charles e Bobô.


Na parte perigosa da tabela, teremos o Palmeiras enfrentando o Figueirense em Barueri, mas com o pensamento totalmente voltado para o jogo de quinta-feira contra o Coritiba no mesmo estádio. A Copa do Brasil pode fazer com que o Verdão volte a Libertadores depois de. alguns anos sem participação no torneio mais importante das Américas.


E o Santos faz o clássico paulista contra a Portuguesa, no Canindé. O time da Vila Belmiro que foi eliminado da Libertadores pelo seu maior rival,ainda não venceu no Campeonato Brasileiro. Em seis jogos foram quatro empates e duas derrotas. Mais um resultado ruim pode gerar uma crise na Baixada e levar o Santos de um dos times mais badalados do país ao grupo dos que se preocupam em se manter na série A.


O Timão não joga nesta rodada porque teve seu jogo adiado pela CBF, para que se preparasse melhor para a final da Libertadores, quarta-feira, diante do Boca Juniors. A partida contra o Botafogo que seria disputada no Pacaembu foi remarcada para o dia 11 de julho.


Confira os jogos da 7ª rodada do Campeonato Brasileiro:


30/06 - 16h20


Cruzeiro x São Paulo
Náutico x Fluminense
Vasco x Ponte Preta


01/07 - 16h00


Portuguesa x Santos
Bahia x Internacional
Coritiba x Sport


01/07 - 18h30


Palmeiras x Figueirense
Flamengo x Atlético Goianiense
Grêmio x Atlético Mineiro


Richard Durante Jr

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Basquete brasileiro inicia nova fase com fácil vitória

Foi com uma tranquila vitória sobre a Nova Zelândia, por 73 a 49 na noite de terça (26), que o Brasil deu seu pontapé inicial (ou arremesso inicial) em sua nova etapa.

Depois de 16 anos fora dos Jogos Olímpicos e colecionando resultados vexatórios em mundiais, o selecionado nacional finalmente convocou o que tem de melhor para a disputa do torneio Super Four, quadrangular amistoso entre brasileiros, neozelandeses, Grécia e Nigéria, que serve de preparação para as Olimpíadas de Londres, a exatos 30 dias do início.


O pivô Nenê Hilário (13) voltou a atuar pela seleção brasileira

Mesmo convocando a nata do basquete brasileiro, a equipe titular do técnico argentino Rubén Magnano que esteve em quadra em São Carlos está muito longe do five que defenderá a camisa verde e amarela no dia 29 de julho, ante Austrália, na estréia nas Olimpiadas. Sem poder contar com Leandrinho Barbosa (com problemas na elaboração de seu seguro contra lesões), Thiago Splitter (que se apresentou com atraso em função do nascimento de sua filha) e Marcelinho Huertas (apresentou-se apenas no último final de semana e foi poupado), o Brasil começou a partida com Raulzinho, Marquinhos, Alex, Giovannoni e Nenê, este último voltando a defender a seleção brasileira, o que não acontecia desde 2010, e atuando em sua cidade natal.
Marquinhos fez 14 pontos no jogo

Apesar de não atuar com força máxima, a seleção não teve dificuldades para abrir boa vantagem sobre os oceânicos ainda no primeiro quarto de jogo. A partida serviu para mostrar a boa mobilidade e agilidade de Nenê no garrafão e a habilidade e boas assistencias do norte americano recém naturalizado Larry Taylor, estreante da noite. O pivô fez nove pontos e agarrou cinco rebotes, enquanto que o armador fez quatro pontos.

A partida também serviu como teste para o treinador argentino, que em alguns momentos chegou a colocar dois pivôs  - Anderson Varejão e Nenê - ao mesmo tempo em quadra. De todos, Marquinhos destacou-se com 14 pontos, sendo o certinha da noite.

Outros jogadores que dificilmente terão espaço entre os principais em Londres puderam ganhar ritmo de jogo e mostrar serviço, casos de Raulzinho e Nezinho, este último não está na lista de convocados para Londres divulgada por Magnano em maio. 

Na noite desta quarta-feira (27), o Brasil faz seu segundo jogo na competição contra Nigéria, que ontem perderam para Grécia por 88 a 76, as 21h30.


Guilherme Uchoa

Fotos: Gaspar Nóbrega/ Inovafoto e Reprodução Espn (Marquinhos)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Wimbledon começa com Nadal batendo Bellucci e Federer tentando igualar Sampras

Federer venceu Albert Ramos na estréia em Wimbledon
Teve inicio na segunda (25), o torneio Wimbledon de tênis, o mais antigo entre as principais competições do circuito mundial que, ao lado de U.S. Open, Austrália Open e Roland Garros, compõem os quatro Grand Slams.

Nas gramas impecáveis de Londres, Rafael Nadal, atual heptacampeão de Roland Garros, na França, tentará o tricampeonato inglês (já venceu em 2008 e 2010), enquanto que o atual campeão Novak Djokovic busca repetir a dose de 2011 para igualar-se ao espanhol.

Já Roger Federer – atual numero 3 do mundo – não vence um Grand Slam desde o Aberto da Austrália de 2010. Vestindo o tradicional branco de Wimbledon, Federer poderá igualar a marca de sete títulos do lendário norte americano Pete Sampras.

Pelo lado feminino, a tcheca Petra Kvitová defende sua conquista da temporada passada contra a hegemonia das irmãs Venus e Serena Williams. Desde 2000, as norte americanas saíram vencedoras em nove edições, sendo cinco conquistas para Venus e quatro para Serena, além do tetra campeonato da chave de duplas, em 2000, 2002, 2008 e 2009.

Pelo menos para a tcheca a tarefa será um pouco mais fácil, visto que Venus, a exemplo de sua irmã em Paris, foi eliminada logo na estréia para a russa Elena Vesnina, em 2 sets a zero (6/1 e 6/3). É a primeira vez que Venus Williams sai derrotada logo em seu debute em Wimbledon – a eliminação de Serena em solos franceses também havia sido a primeira da tenista em estréias por Roland Garros.

Bellucci deu adeus a Londres em dois dias
Bellucci cai nas simples e nas duplas

O brasileiro Thomaz Bellucci (atual numero 80 do ranking da ATP) foi eliminado logo em sua estréia pela chave de simples de Wimbledon, nesta terça (26), para nada mais nada menos que Rafael Nadal. Bellucci até tentou dificultar a vida do espanhol, abrindo 4/0 no primeiro set, entretanto Nadal reagiu, empatou a parcial e vendeu por 7/6. Depois disso, o brasileiro não teve forças para voltar a partida e perdeu os dois sets seguintes por 6/2 e 6/3.

No dia anterior, pela chave de duplas, Thomaz Bellucci também foi eliminado. Jogando ao lado do australiano Carsten Ball, o tenista perdeu para o italiano Daniele Bracciali e austríaco Julian Knowle por 3 sets a zero, parciais 7/5, 7/6 e 6/3.

Por outro lado, Marcelo Melo, natural de Belo Horizonte, ganhou ao lado do croata Ivan Dodic da dupla Ashley Fisher e Jordan Kerr, ambos da Austrália, de virada. Após sair perdendo por 6/7 na primeira parcial, a dupla Brasil-Croácia virou em 3 a 1, vencendo os demais sets por duplo 6/4 e 6/3.

Primeiro dia de competição

Djokovic, numero 1 do mundo, defende o título em Londres
O torneio que é disputado desde 1877 teve em seu primeiro dia vitórias de Djokovic por 3 sets a zero sobre o espanhol Juan Ferreiro (duplo 6/3 e 6/1), a tranqüila vitória de Roger Federer, que aplicou triplo 6/1 em Albert Ramos e as eliminações precoces de Thomas Berdych, número 7 do ranking da ATP, para Ernests Gulbis, 87º do ranking, por 3 a 0 (triplo 7/6), e do gigante John Isner – 10º do ranking mundial - para Alejandro Falla, em 3 a 2 (4/6, 7/6, 6/3, 6/7 e 5/7).

Pela chave feminina, além da derrota de Venus Williams, Maria Sharapova, numero 1 do mundo, aplicou 2 a 0 na australiana Anastásia Rodionova (6/2 e 6/3), assim como a chinesa Na Li (11ª do ranking), que derrotou a cazaque Ksenia Pervak (6/3 e 6/1).


Confira o tombo que o cameraman levou ao filmar Elena Vesnina após sua vitória sobre Venus Williams:


Guilherme Uchoa

Fotos: Neil Tingle/ AELTC, Getty Images e Matthias Hangst/ AELTC
Vídeo: Canal maxrain08/ Youtube 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Hóquei no gelo em terras tupiniquins

O Brasil entra em quadra para bilhar nos jogos de inverno


Seleção Brasileira de Hockey 
Segundo informações da Confederação Brasileira de Hóquei no Gelo, acredita-se que o primeiro jogo do esporte feito no Brasil, tenha acontecido no ano de 1967, no Hotel Quitandinha em Petrópolis. A partida foi disputada entre estrangeiros, imigrantes e ex-atletas de países onde o hóquei faz parte da cultura local. Esta arena foi utilizada para receber jogos durante um período aproximado de oito anos. No ano de 1978 já tínhamos um pequeno envolvimento com o esporte e contávamos com dez times, sendo cinco infantis e cinco adultos contendo 210 atletas divididos nas duas categorias e mais cinco rinks de patinação.

O professor Alexandre Capelle, um dos principais nomes do esporte no Brasil, formado em educação física e com cursos específicos de hóquei no gelo e hóquei In Line feitos nos Estados Unidos e Canadá, é hoje presidente da FPHG (Federação Paulista de Hóquei no Gelo) e da FPHP (Federação Paulista de Hóquei e Patinação). Começou na modalidade fazendo parte do quadro de atletas no ano de 1985 e com sua experiência e prática na modalidade se tornou técnico da seleção brasileira. Capelle começou a treinar equipes no Rio de Janeiro, no Club Rio Ice na modalidade infantil e posteriormente foi para São Paulo, onde levou atletas para disputar jogos internacionais nos EUA e Canadá.

Profissionalização do esporte

Em 1996 foi criada a CBHG (Confederação Brasileira de Hóquei no Gelo), órgão regulador do esporte no país, a entidade aperfeiçoou algumas regras para adaptar o esporte ao Brasil. No ano de 2007 fundou-se a FPHG pelo professor Alexandre Capelle, visando criar atletas de nível olímpico, juntamente com sua escola que ensina o esporte, a Capelle’s Hokey School.

A Capelle’s Hokey School hoje é mais uma das diversas escolas do esporte no país, ensinando regras, táticas e técnicas da modalidade para diversas faixas etárias, variando as categorias em sub 12, 14, 16, 18, 20, hóquei feminino, adulto e profissional. 

Segundos dados da FPHP o esporte vem tendo um avanço continuo no fluxo de procura desde seu início no país, incentivado principalmente por filmes estrangeiros e as olimpíadas de inverno, mas ainda assim não está com a valorização devida como grande parte dos esportes no país, que não seja o futebol, faltam patrocínios e incentivos públicos aos clubes e atletas

Incentivo

A última olimpíada de inverno foi televisionada pela rede de televisão dos canais abertos Record. Nesta cobertura o esporte foi salientado e o movimento de procura ao esporte teve grande aumento no país. O problema do hóquei de gelo é que se trata de um esporte de inverno, e acaba por não atrair adeptos por estarmos em um país tropical, mas não levam em consideração que a maioria dos rinks de patinação nos principais países que praticam o esporte são feitos artificialmente, mesmo porque o inverno não dura o ano todo, fora isso temos modalidades diferentes do esporte tal como hóquei de grama e in line.   

Torneios

O Brasil tem campeonatos estaduais, federais e internacionais de hóquei no gelo e in line, o principal campeonato nacional é o campeonato brasileiro que conta com edições desde 1999. O primeiro vencedor do torneio foi a Associação Atlética Ponte Preta e hoje a modalidade conta com 27 times profissionais. O Brasil participa de competições internacionais promovida pela FIHG (Federação Internacional de Hóquei no Gelo), mas tem um desempenho muito abaixo em relação aos principais países competidores como Canadá, Rússia e EUA.



Fotos: Divulgação da Confederação Brasileira de Desportes 

Flávio Costa






Futebol mineiro em alta é bom para o Brasil

Foi completado neste final de semana apenas a sexta rodada do Brasileirão, de um total de 38, mas já podemos ver que algumas equipes não brigarão pelo título e outras, surpreendentemente, estão ocupando a liderança e a vice-liderança. É o caso do Cruzeiro e do Atlético Mineiro, duas equipes de Belo Horizonte, rivais históricas e que jamais (não pesquisei) estiveram nas duas primeiras posições do Campeonato Brasileiro.


O Cruzeiro começou devagar, com empates contra Atlético Goianiense e Náutico, mas depois veio uma reação espetacular com vitórias sobre Vasco e Botafogo em pleno Rio de Janeiro. O time comandado por Celso Roth, prioriza a marcação, como é a especialidade do seu treinador, mas vem jogando um bom futebol, principalmente com Montillo voltando a atuar bem e o atacante Wellington Paulista em estado de graça, fazendo um gol mais bonito que o outro.


O Galo já era cotado como uma das boas equipes deste campeonato. Atual campeão mineiro e jogando um belo futebol, bem ao estilo do treinador Cuca, que gosta de times ofensivos. A chegada de Ronaldinho Gaúcho foi a cereja no bolo do Atlético. Apesar do dentuço não ser mais aquele jogador dos tempos de Barcelona, ainda é um bom jogador e tem tudo para comandar o Atlético ao tão almejado título brasileiro, que não vem desde 1971. O ponto forte do time é o bom conjunto e as arrancadas do garoto Bernard e o atacante Jô (dispensado do Internacional) vem jogando um bom futebol. Infelizmente o alvinegro de Belo Horizonte não possui um goleiro à altura de suas tradições. o que pode complicar em um campeonato tão equilibrado.


O técnico Celso Roth, do Cruzeiro, durante entrevista coletiva


O estádio Independência, recém-inaugurado, após reforma total, é outro aliado dos times mineiros. Jogando as duas últimas temporadas em cidades longe da capital, como Sete Lagoas, Ipatinga e Uberlândia, Cruzeiro e Atlético penaram para conseguir bons resultados, principalmente no ano passado quando ambos só se livraram do rebaixamento nas rodadas finais. O Cruzeiro foi ainda pior, só se livrou na última rodada após uma goleada de 6 a 1 sobre o próprio Atlético.


E o sucesso dos times mineiros não se resume a série A somente, afinal, América e Boa Esporte vem fazendo boas campanhas na segunda divisão e vão brigar até o final para entrar na elite do futebol brasileiro. Atualmente o América é o terceiro colocado, enquanto o Boa ocupa a quinta colocação.


Cuca, treinador do Atlético Mineiro, em entrevista na Cidade do Galo


Essa evolução, embora seja muito cedo ainda pra afirmar se Cruzeiro e Atlético irão brigar pelo título, é ótima para o futebol brasileiro. Um estado que produziu craques como Dirceu Lopes, Tostão, Reinaldo, Ronaldo Fenômeno (carioca revelado na Toca da Raposa) e outros não pode ser só coadjuvante do Brasileirão. Que o futebol mineiro esteja reiniciando uma época de grandes conquistas, como a do Atlético em 1971 e a do Cruzeiro em 2003 quando conquistou a Tríplice Coroa.


Richard Durante Jr

sábado, 23 de junho de 2012

Centésima medalha olímpica está a caminho



Estamos há pouco mais de um mês da abertura da 30ª edição dos Jogos Olímpicos. No dia 27 de julho, em Londres, na Inglaterra, no estádio Olímpico, que tem capacidade para 80 mil pessoas, a cerimônia de abertura vai marcar o início da maior competição esportiva do mundo.


Até o dia 12 de agosto serão 29 modalidades em 26 esportes. Um prato cheio para quem é apaixonado por esportes e pode passar o dia em frente a televisão se deliciando com grandes jogos, superações, surpresas e tudo aquilo que um grande evento pode proporcionar.


Esta será a segunda vez que a capital inglesa vai receber os Jogos Olímpicos da Era Moderna, já que em 1948 a chama olímpica passou pela cidade londrina. Os ingleses prometem uma grande festa e um show de transmissão e organização que será assistido por bilhões de pessoas em todo o mundo.


Vista computadorizada do Estádio Olímpico de Londres
O Brasil chega aos Jogos com a esperança de se sair melhor do que em Pequim-2008 quando conquistou três medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze. E temos chances reais no futebol masculino com a geração de Neymar, Ganso, Lucas e Oscar, nas piscinas com César Cielo, no iatismo e no judô que sempre são fortes, no vôlei de praia masculino e feminino também temos chances de medalhas e o ginasta Diego Hipólito também pode trazer o ouro para o Brasil.


Em outras modalidades, se a medalha olímpica vier, será muito comemorada já que não somos tão favoritos como no futebol feminino que já não tem mais a mesma força e se conseguir um bronze já será considerado um bom resultado, assim como o vôlei de quadra que vive um momento de instabilidade e já não tem mais a hegemonia do esporte. O basquete tem chances tanto no feminino como no masculino, mas será uma verdadeira guerra devido as forças serem muito parecidas e o handebol feminino pode surpreender e beliscar uma medalha.


Nos outros esportes como o atletismo, o hipismo e o boxe, por exemplo, vivemos de esperanças que algum atleta se sobressaia e consiga fazer uma boa luta, uma boa corrida, ou um bom salto como as atletas do salto em distância, Maurren Maggi e do salto com vara, Fabiana Murer.


Os mascotes Wenlock e Mandeville representam duas gotas de aço


Acredito que o Brasil não vai trazer mais do que três ouros de Londres e nosso recorde de ouros continuará com as Olimpíadas de Atenas, em 2004, na Grécia, quando trouxemos cinco medalhas douradas. Mas, podemos chegar a centésima medalha em Olimpíadas, afinal, faltam apenas nove. O Brasil tem 91 medalhas na história dos jogos, sendo 20 de ouro, 25 de prata e 46 de bronze.


A última vez que o Brasil voltou de uma Olimpíada sem um ouro na bagagem não faz tanto tempo assim, foi em Sydney-2000, na Austrália. Na ocasião, voltamos com seis pratas e seis bronzes. Mas o Brasil tem quase  que a obrigação de obter um bom resultado, haja vista que, em 2016, o país será sede das Olimpíadas, no Rio de Janeiro e temos que passar uma boa impressão.


Confira as modalidades que farão parte das Olimpíadas de Londres


Atletismo
Badminton
Basquete
Boxe
Canoagem
Ciclismo
Esgrima
Futebol
Ginástica Artística, Rítmica e Trampolim
Handebol
Halterofilismo
Hipismo
Hóquei na grama
Judô
Luta livre e greco-romana
Natação
Nado sincronizado
Saltos ornamentais
Polo aquático
Pentatlo Moderno
Remo
Taekwondo
Tiro
Tiro com arco
Tênis
Tênis de mesa
Triatlo
Vela
Vôlei
Vôlei de praia




Richard Durante Jr

sexta-feira, 22 de junho de 2012

LeBron James finalmente conquista a NBA

Desde os 19 anos jogando a principal liga de basquete do mundo, a NBA, LeBron James corria atrás do título que poderia finalmente confirmar seus status de principal jogador da atualidade.

James finalmente conseguiu o almejado título
Após quase uma década de carreira, o astro finalmente conseguiu o feito ao ajudar o seu Miami Heat a derrotar o Oklahoma City Thunder por 121 x 106, na noite de quinta-feira (21), e fechar a série final em 4 x 1. Além da tão almejada taça, James também levou o título de jogador mais valioso (MVP, na sigla em inglês) da temporada regular e das finais, com média de 28,6 pontos, 10,2 rebotes e 7,4 assistências nos cinco jogos da final. 

Depois de deixar os torcedores do Cleveland Cavaliers, seu antigo time, furiosos na temporada 2010/2011, quando aceitou receber menos para trocar o time de Cleveland pelos Heats - onde teria mais chances de conquistar o título - e aguentar provocações de que ‘amarelava’ nos momentos decisivos das partidas, especialmente nos últimos períodos de jogo, ‘King’ James se redime da derrota para Dallas Marvericks de Dirk Nowitzki na temporada passada e coloca o anel no dedo.

Esse foi o segundo título do Miami Heat, que ergueu sua primeira taça em 2006, quando contava com a dupla Dwyane Wade e Saquille O’Neal para bater o Dallas Marvericks na decisão.

A série final

Wade com a taça da NBA e James com o taça de MVP das finais, ao lado de Bosh


A decisão da NBA colocou frente a frente uma franquia nova, com elenco jovem formado basicamente por escolhas de drafts, contra o ‘Big 3’ de Miami, formados por Wade, que já estava no time desde 2003, LeBron James (ex- Cleveland Cavaliers) e Chris Bosh (proveniente do Toronto Raptors), contratados em 2010.

A série prometia duelos interessantes entre Kevin Durant, Russel Westbrook e James Harden, os principais jogadores de Oklahoma, contra as três estrelas de Miami, mas foram os coadjuvantes que ganharam destaque e foram peças fundamentais na conquista da taça pelo time do Leste.

Após sair na frente no primeiro jogo da série por 105 x 94, em Oklahoma, o Thunder perdeu o segundo jogo em sua casa por 100 x 96, na Chesapeake Energy Arena. A partir de então, nas três partidas disputadas no American Airlines Arena, em Miami, os jogadores menos badalados do Heat apareceram. Shane Battier, Mario Chalmers, Mike Miller e Noris Cole alternaram-se nas bolas de três (somente na última partida foram 14 cestas da linhas dos três pontos, sendo sete delas de Mike Miller) para colaborar nas vitórias por 91 x 85, 104 x 98 e 121 x 106.

Westbrook e Durant durante derrota no jogo 5
Pelo lado dos Thunders, Kevin Durant sofreu com o excesso de faltas, ficando carregado em pelo menos duas partidas. Russel Westbrook também ficou devendo. Apesar dos 43 pontos do jogo 4 da série, Westbrook cometeu erros infantis, como a falta desnecessária no final da mesma partida, com o Miami tendo apenas 5 segundos de posse de bola após o pula dois.

James Harden, melhor sexto homem da temporada, foi outro que ficou abaixo das expectativas. Alem dos principais nomes do time, os coadjuvantes não mostraram serviço. Kendrick Perkins e Derik Fisher, que chegaram para dar mais experiência para o elenco, até tentaram, mas não foram capazes de alavancar suas estrelas.

Talvez pela falta de experiência, de nunca ter chegado a uma decisão de NBA, e pela gana de LeBron James, obcecado pela conquista, o City Thunder não teve capacidade de reverter um quadro praticamente impossível, já que nunca na historia da Liga um time conseguiu virar uma série final depois de estar perdendo por 3 x 1.

Mesmo assim, esses jovens provaram seu valor durante toda a temporada e nos playoffs, dando mostras que estarão mais uma vez na briga pelo anel nas próximas temporadas.
Para os torcedores do Miami, e em especial para LeBron, fica o alívio do poderoso trio formado ter finalmente alcançado a meta desejada.

Os melhores momentos do último jogo da série: 



Guilherme Uchoa

Fotos: Agência Reuters e EFE
Vídeo: NBA

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Brasil faz bonito na Euro 2012

O nome do torneio é ‘Eurocopa’, o que pressupõe apenas a participação de jogadores nascidos em solos europeus. Entretanto, tem brasileiro, australiano, marfinense, congolês, senegalês e até iraniano em campo.

No futebol globalizado, com fronteiras cada vez menos distantes, naturalização tornou-se algo acessível e corriqueiro. O resultado é que grande parte das seleções que disputam a Euro-2012 possuem algum atleta entre os convocados que são naturalizados, ou tem ligações estreitas com outras nações.  

O futebol brasileiro, produto de admiração e exportação para os ‘gringos’ do primeiro mundo, é um dos que mais tem representantes de dupla nacionalidade na competição – são três brasucas vestindo outras cores.

Os brasileiros

Motta (esquerda) marcando Iniesta no empate entre Itália e Espanha
Thiago Motta nasceu em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, mas desde 2010 defende a seleção azzurra. De família italiana, Motta já possuía a dupla cidadania desde pequeno, mas as poucas oportunidades com a seleção brasileira (jogou apenas duas partidas pela seleção sub-23) aliadas ao bom momento que viveu no futebol da bota – jogou no Genoa e na Internazionale – fizeram com que o jogador pedisse autorização para ‘virar a casaca’. A decisão positiva da FIFA (órgão máximo do futebol mundial) foi inédita, visto que Thiago já havia vestido a camisa verde e amarela em duas oportunidades.

Na atual Eurocopa, o meia esteve em campo nas três partidas da fase de grupos e ajudou sua seleção a conquistar vaga para as quartas de final em grupo que contava com Espanha, Croácia e Irlanda. Foram dois empates em 1 x 1 com Espanha e Croácia, e uma vitória por 2 x 0 sobre os irlandeses, pelo grupo C.

Pepe comemorando gol de Portugal contra Dinamarca
O zagueiro Kepler Laveran Lima Ferreira, mais conhecido como Pepe, é de Maceió, mas joga ao lado de Cristiano Ronaldo pela seleção lusitana. Pepe foi para Portugal para jogar pelo Marítimo e após ser contratado pelo Porto em 2007, naturalizou-se português.

O jogador do Real Madrid (Espanha) fez um gol na primeira fase do torneio, na vitória por 3 x 2 de Portugal sobre a Dinamarca. Além desse resultado, os portugueses - que também contam com os meias Nani e Rolando, naturais de Cabo Verde - ganharam da Holanda por 2 x 1 e saíram derrotados no confronto com Alemanha (1 x 0), no grupo B.

O último brasileiro que participou do segundo maior torneio de seleções do mundo é Eduardo da Silva. O carioca-croata saiu do Rio de Janeiro para fazer parte das categorias de base do Dínamo Zagreb, do país do leste europeu, com apenas 16 anos.  Em 2002, com 18 anos, Eduardo adquiriu cidadania croata e foi convocado para a seleção sub-21 do país.

Apesar da boa campanha, sua segunda pátria não conseguiu passar para a próxima fase da competição, sendo eliminado do grupo C de Espanha, Itália e Irlanda. Foram quatro pontos somados depois da vitória sobre Irlanda (3 x 1), empate com Itália (1 x 1) e derrota para a Espanha (0 x 1), sofrendo o gol da eliminação de Jesus Navas já nos ultimos minutos da segunda etapa. Além de Eduardo, Josip Simunic, nascido na Austrália, e Ivan Rakitic, que nasceu na Suíça, para onde sua família foi antes da guerra de independência da Croácia, deflagrada em 1991, são os outros representantes de outras nações no selecionado croata.

Até mesmo a Espanha, atual campeã da competição, contou com ajuda brasileira para erquer a taça. Em 2008, o meia Marcos Senna estava no grupo espanhol e foi uma das peças fundamentais na campanha do título, conquistado com o 1 x 0 sobre a Alemanha na decisão. Senna inclusive foi selecionado para a seleção do torneio.

As sedes Polônia e Ucrânia

A Polônia, sede da competição ao lado da Ucrânia, conta com duas ‘baixas’ consideráveis em seu elenco em função de trocas de nacionalidades. Os atacantes Miroslav Klose e Lukas Podolski são nascidos na Polônia, mas defendem, ironicamente, a Alemanha.
Klose nasceu em Opole, na Polônia, filho de pai jogador de futebol e mãe jogadora da seleção polonesa de handball. Seu pai, Josef Klose deixou o país em 1978 para jogar no Auxerre, da França, e voltou a viver com Miroslav e sua mãe em 1985, já na Alemanha. Já Lukas Podolski nasceu em Gliwice, na Polônia e aos dois anos foi para solos alemães, de onde seus avós vieram.

Por outro lado, o país-sede, onde teve início a Segunda Guerra Mundial, em 1939, também conta com reforço considerável de dois franceses de nascença, mas poloneses por opção. Ludovic Obraniak chegou a atuar pelas seleções inferiores da França, mas preferiu seguir sua carreira profissional pela seleção principal da Polônia. O zaqueiro Damien Perquis precisou até de autorização do presidente polonês Bronislaw Komorowski para conseguir a dupla nacionalidade em 2011, ja que sua família havia perdido alguns documentos necessários para o procedimento.


Entre os casos curiosos estão a maioria dos jogadores inscritos por Rússia e Ucrânia. Eles não são naturalizados, mas passam por situação peculiar já que muitos deles nasceram no período da já extinta União Soviética. Oficialmente dissolvida em dezembro de 1991, todos os nascidos antes desse período são soviéticos, mas assumiram outras nacionalidades com os diversos países que surgiram da divisão do território soviético.

A verdade é que, independente de questões de vínculos familiares, afeição com outra nação ou divisão de território, o mundo da bola é cada vez mais adepto a globalização e a redução de fronteiras. Derruba rivalidades históricas e permite que jogadores defendam as cores de sua nação. Não a de nascimento, mas a de coração.

Confira a lista dos jogadores da Euro-12 que não defendem os países em que nasceram:


Eduardo em ação pela Croácia: Seu time foi eliminado
Thiago Motta - meia (Brasil - Itália)
Pepe - zagueiro (Brasil - Portugal)
Eduardo - atacante (Brasil - Croácia)

Keiren Westwood - goleiro (Inglaterra - Irlanda)
Sean St. Ledger - zagueiro (Inglaterra - Irlanda)
Jon Walters - atacante (Inglaterra - Irlanda)
Simon Cox - atacante (Inglaterra - Irlanda)

Miroslav Klose - atacante (Polônia - Alemanha)
Lukas Podolski - atacante (Polônia - Alemanha)

Ludovic Obraniak - meia (França - Polônia)
Damien Perquis - zaqueiro (França - Polônia)

Rolando - zagueiro (Cabo Verde - Portugal)
Nani - atacante (Cabo Verde - Portugal)

Emir Bajrami - meia-atacante (Iugoslávia - Suécia)
Marko Devic - atacante (Iugoslávia - Ucrânia)

Luuke de Jong - atacante (Suiça - Holanda)
Ivan Rakitic - meia (Suiça - Croácia)

Behrang Safari - meia-atacante (Irã - Suécia)
Aiden McGeady - atacante (Escócia - Irlanda)
Josip Simunic - zagueiro (Austrália - Croácia)
Jores Okore - zagueiro (Costa do Marfim - Dinamarca)
Steve Mandanda - goleiro (Congo - França)
Patrice Evra - lateral (Senegal - França)
José Holebas - zagueiro (Alemanha - Grécia)
Sotiris Ninis - meia (Albania - Grécia)


Guilherme Uchoa


Fotos: Agência AFP, divulgação UEFA e AFP



terça-feira, 19 de junho de 2012

Luís Fabiano é um caso sem solução

Não o considero um craque, mas um jogador muito importante e bom naquilo que é a sua especialidade, a arte de balançar as redes. Luís Fabiano, jogador do São Paulo Futebol Clube, mais uma vez provou que o seu forte não é usar a experiência que adquiriu ao longo de sua carreira. Domingo contra o Atlético Mineiro pela 6ª rodada do Brasileirão ele marcou o gol da vitória tricolor e foi expulso (mais uma vez) de campo após fazer ofensas ao árbitro da partida. O detalhe curioso fica no fato do jogador ter levado quatro cartões amarelos nas quatro partidas em que atuou na competição.


Momento em que Luís Fabiano é expulso contra o Atlético Mineiro


Luís Fabiano poderia até ter razão no lance, mas nada justifica seus atos de histeria e rebeldia dentro de campo. O atacante que já disputou competições como Copa do Mundo, inclusive foi titular, e teve passagem marcante pelo Sevilha, da Espanha já deveria estar calejado de atitudes que prejudicam não só a ele, mas todo o grupo e a sua equipe.


Leão confirmou a punição de LF9
Na próxima rodada, no clássico contra a Portuguesa, no estádio do Canindé, o temperamental centroavante tricolor ficará de fora, terá de ver seus companheiros se desdobrarem em campo para buscar os três pontos e manter o time entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro.


Nesta terça-feira, a diretoria tricolor assumiu uma punição a Luís Fabiano, mas não revelou qual. Será que agora com 31 anos de idade e longa experiência ele toma jeito? Eu acredito que não, ele mesmo já mostrou isso, afinal, não é a primeira vez que ele pede desculpas a torcida do São Paulo e esse seu comportamento muito provavelmente o tirará da Copa de 2014 no Brasil. A disputa com Fred, Leandro Damião, Alexandre Pato e Hulk parece estar cada vez mais difícil. Como confiar em um jogador que em um lance pode colocar tudo a perder e deixar o time na mão? 


Veja o vídeo que Luís Fabiano gravou pedindo desculpas aos são-paulinos:






Richard Durante Jr 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

D'Alessandro ignora rivalidade Brasil x Argentina e é eleito melhor estrangeiro no país

Acabou com muito equilibrio a eleição do melhor jogador estrangeiro atuando no Brasil, que esteve no ar durante duas semanas na Blog Faculdade da Bola. Os argentinos Andrés D'Alessandro, meia do Internacional, e Walter Montillo, meia do Cruzeiro, brigaram voto a voto pelo título de melhor 'gringo' em solos tupiniquins. No final, após 118 votos dos leitores do blog, D'Alessandro levou a melhor, com 26 cliques (22% do total) contra 24 do cruzeirense (20%). Em terceiro lugar ficou o lateral uruguaio Fucile, que joga no Santos, com 13 votos (11%).

Durante as próximas duas semanas o torcedor leitor do Blog Faculdade da Bola podera escolher o melhor goleiro do Brasileirão 2012. Para isso, basta clicar em seu arqueiro favorito na enquete disposta na página principal do site.

Andrés D'Alessandro

D'Ale já não é mais um garoto. Aos 31 anos, o experiente camisa 10 ja passou por River Plate e San Lorenzo (Argentina), Wolfsburg (Alemanha), Porthsmouth (Inglaterra) e Zaragoza (Espanha), antes de chegar ao Rio Grande do Sul em 2008, contratado do Real Zaragoza. 

De lá pra cá, atuou em 176 partidas e marcou 39 gols com a camisa colorada, participando das conquistas da Copa Sul-Americana de 2008, Campeonato Gaúcho em 2009, 2011 e 2012, Libertadores de 2010 e Recopa de 2011. Conhecido por sua raça e personalidade forte, Andrés D'Alessandro é atualmente o principal nome do elenco colorado, ainda contando com a companhia dos também argentinos Dátolo, Guiñazu e Bolatti, que formam o quarteto de estrangeiros do clube gaúcho.


D'Ale na ultima partida do Inter, contra Botafogo

No começo deste ano, 'EL Cabezón' quase deixou o Internacional para jogar no Shangai Shenhua, da China. A proposta de R$ 17,7 milhões por dois anos fez com que os torcedores colorados temessem pela perda de seu grande meia, mas após a novela, D'Alessandro resolveu ficar, tornando-se mais ainda ídolo no Inter.

 O episódio mais marcante durante a negociação aconteceu no dia 18 de janeiro. Neste dia, torcedores colorados encontraram-se em frente a residência do argentino para apelar por sua permanencia no clube. A demonstração de carinho foi fundamental para a decisão de D'Alessandro, que a época falou da emoção que sentiu. "O torcedor na porta do meu prédio pedia para eu ficar. Foi algo inesquecível. Senti-me muito valorizado, é algo que não tem como comprar", disse D'Ale após anunciar que permaneceria no Beira-Rio  

Pela seleção argentina o meia fez parte do grupo que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, jogando ao lado de grandes nomes do futebol argentino como Tévez, Mascherano e o zagueiro Ayala. Apesar deste título, D'Ale nunca teve boas oportundiades na seleção argentina, sendo pouco convocado. Ao todo, participou de 28 partidas e fez quatro gols com a camisa azul celeste e branca.
 
D'Alessandro com Cavenaghi em clássico River e Boca
Antes de chegar ao Internacional, D'Alessandro teve oportunidades de ganhar espaço no futebol europeu, mas não obteve sucesso. Em 2003, o camisa 10 foi vendido pelo River Plate, clube que o revelou e onde venceu três torneios Clausura (segundo turno do futebol argentino, em 2000, 2002 e 2003), para o Wolfsburg. Ele permaneceu na Alemanha por dois anos e meio, disputou 61 jogos e fez oito gols, mas não levou nenhum título e foi emprestado ao Portsmouth, em janeiro de 2006.

No clube ingles jogou em apenas 13 partidas, marcando um tento, mas ajudou seu time a escapar do rebaixamento na temporada 2005/06 do Campeonato Inglês. Ao termino de seu emprestimo de apenas seis meses, o meio campista foi novamente emprestado, desta vez para o Real Zaragoza, da Espanha.

Em solos espanhois, participou da temporada 2006/07 e foi comprado em definitivo para a temporada seguinte. Neste período, fez apenas cinco gols em 50 jogos, sendo novamente emprestado para o San Lorenzo, da Argentina, para a disputa da Libertadores da América de 2008. Com o fracasso na competição - o clube argentino foi eliminado nas quartas de final pelo futuro campeão LDU (Equador) - D'Alessandro foi comprado pelo Inter por quatro anos.

Mesmo contando com a concorrência de diversos estrangeiros, cada vez mais comuns nos clubes brasileiros, Andrés D'Alessandro é certamente um dos mais bem sucedidos gringos em nossos campos. Seu futebol não conhece fronteiras e nem rivalidades geográficas, fazendo com que qualquer torcedor brasileiro sinta-se na obrigação de valorizar as qualidades deste argentino tão bem acostumado ao futebol brasileiro. 

Guilherme Uchoa

Fotos: Alexandre Lopes/ Divulgação Internacional e Agência AP

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O que aconteceu com os paulistas no Brasileirão?

Nunca antes na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos as equipes paulistas tiveram um começo tão fraco quanto na atual temporada. Sempre entrando em torneios nacionais como favoritos, os olhares voltados para outros torneios fazem com que Corinthians, Santos, São Paulo e Palmeiras sejam vistos, em sua maioria, na parte inferior da tabela nesse início de BR-12.

Corinthians
Autor do gol contra o Santos, Sheik deve ser o unico titular contra Ponte


Deixar o brasileirão de lado é mais do que compreensível para os torcedores do Corinthians. Após a vitória sobre o Santos, na última quarta-feira (13), na Vila Belmiro, pela partida da ida das semifinais, nunca antes o time esteve tão perto de uma decisão de Libertadores da América. Desde 1999 e 2000, quando foi eliminado pelo arquirrival Palmeiras nas quartas de final e na penúltima fase da competição, o Timão não conseguiu ter tantas esperanças da sonhada conquista continental, colecionando inclusive algumas derrotas frustrantes, como as eliminações para Palmeiras, River Plate (2003) e Tolima, no ano passado.

Após quatro rodadas, o clube só conquistou um dos 12 pontos disputados e figura na nada comum lanterna da competição. Jogando a maioria das partidas com time reserva ou misto, o time do Parque São Jorge estreou com derrota para o Fluminense por 1 x 0, foi derrotado pelo mesmo placar pelo Atlético Mineiro, empatou com o Figueirense (1 x 1) e perdeu para o Grêmio, por 2 x 0, no Olímpico.

No próximo domingo o time enfrenta a Ponte Preta, em Campinas. Apesar de não se tratar de uma viagem longa e desgastante para o grupo, o técnico Tite provavelmente poupará praticamente todos os seus titulares pensando no jogo de volta da Libertadores, na próxima quarta-feira. A única exceção deve ser de Emerson. O Sheik foi expulso no primeiro confronto com o Santos e, portanto, não participará do segundo jogo.


Santos

Neymar e Cia não deverão jogar contra o Flamengo
O alvinegro praiano teve um desempenho sensivelmente melhor nas primeiras partidas do campeonato nacional, mas também tem os olhos totalmente voltados para o torneio continental. Depois de perder a primeira partida da semifinal para o Corinthians, o confronto de domingo contra o Flamengo, no Engenhão, pela quinta rodada não passará de mera formalidade para a torcida santista.

Ao término da Libertadores da América, o clube também terá outras preocupações além da busca por reabilitação no Brasileirão: a falta de substitutos e os atletas lesionados. Os três empates para Bahia, Sport (ambos 0 x 0) e Fluminense (1 x 1), seguidos da derrota para o São Paulo (0 x 1) evidenciaram a deficiência e falta de peças do elenco caiçara.

Alguns dos principais nomes do clube, como Ganso, Arouca e Borges, estão se recuperando de contusões, além do lateral uruguaio Fucile, que só deve voltar a campo após a disputa das semis da Liberta. Os atletas contratados pela diretoria visando justamente suprir no Brasileirão as ausências de jogadores contundidos ou poupados durante o torneio continental também passam por problemas físicos ou ainda não agradaram ao torcedor. É o caso de Gerson Magrão, David Brás e Galhardo.

O jogo contra o Flamengo pode ser a última oportunidade do time reserva provar seu valor para o técnico Muricy Ramalho - já que, em caso de eliminação, o clube voltará a usar força máxima nas rodadas seguintes da competição – e tentar melhorar a atual 16ª colocação do Peixe na classificação.

São Paulo

Em 2012 o Tricolor paulista não está na briga pelo maior torneio interclubes da América Latina, mas nem por isso mantém foco no Campeonato Brasileiro. A ‘distração’ são paulina atende pelo nome de Copa do Brasil, segundo maior torneio nacional do país e porta de acesso rápido para a Libertadores de 2013.

Lucas deu a suada vitória para o Tricolor no jogo de ontem

Também na semifinal, os comandados de Leão passaram poucas e boas com a fraca atuação de ontem contra o Coritiba, pela primeira partida da fase. Até os 42 minutos do segundo tempo de jogo, o empate sem gols parecia bom negócio, mesmo atuando no Morumbi, em função das claras chances de gol criadas pelos paranaenses.

Atuando boa parte do confronto com um jogador a menos e com Lucas marcando o gol salvador em brilhante jogada individual, o São Paulo leva vantagem para o segundo jogo, em Curitiba.

Antes disso, enfrentará o Atlético Mineiro em casa. O São Paulo ocupa a melhor posição entre os quatro maiores do Estado – esta em 7º lugar, com seis pontos.  O Tricolor bateu o Bahia e Santos por 1 x 0 cada, pela segunda e quarta rodada, respectivamente, e perdeu para Botafogo (2 x 4), na estreia, e Internacional (0 x 1), na terceira partida.

Palmeiras

Mazinho entrou e fez contra o Grêmio
O Alviverde vai mal no Brasileirão. Assim como o Corinthians, somou apenas um ponto nos quatro jogos que disputou e está na vice lanterna do torneio, levando vantagem apenas no saldo de gols (-3 contra -4). O time de Felipão, Marcos Assunção, Barcos e Cia empatou em 1 x 1 na estreia contra a Portuguesa e perdeu os três confrontos contra Grêmio (0 x 1), Sport (1 x 2) e Atlético Mineiro (0 x 1). No domingo enfrenta o Vasco, na Arena Barueri.

O clube internamente também não passa por situação tranqüila. Um dos principais nomes do elenco, o chileno Valdívia, sofreu seqüestro ao lado de sua esposa na quinta-feira (7) e ainda não sabe se permanece do clube paulista.

Mesmo assim, o Palmeiras abriu boa vantagem na primeira etapa da semifinal da Copa do Brasil. O clube venceu o Grêmio por 2 x 0, no Olímpico, marcando os tentos já nos últimos minutos de partida, e está muito próximo de garantir passagem a decisão da competição.

Portuguesa e Ponte Preta

A Lusa e a Macaca são exceções a regra. Focados unicamente na competição nacional, eles ocupam respectivamente 12ª e 15ª posições da tabela.

A Portuguesa contabiliza quatro pontos em quatro jogos. Empate com Palmeiras (1 x 1), derrota para Vasco (0 x 1) e Coritiba (0 x 2) e vitória na última rodada para Atlético Goianiense (2 x 0), conferem ao clube a 12ª posição. Na sequência do brasileirão, o time enfrenta o  Fluminense, no Rio de Janeiro.

Já a equipe de Campinas saiu derrotada em seu debute para Atlético Mineiro (0 x 1), ficou no 1 x 1 com Atlético-GO,  2 x 2 com o Flamengo e 2 x 2 com Figueirense. O próximo jogo será contra o Corinthians, em Campinas.

Evidente que, por conta dos elencos enxutos e com poucas boas opções, seja necessário fazer preferência entre as competições disputadas, entretanto, a história do Brasileirão por pontos corridos, que assumiu esse formato em 2003, já provou que más atuações logo nas primeiras rodadas podem – e vão – custar caro para os paulistas na reta final do Brasileirão, seja na briga pelo título ou na disputa por vaga na Libertadores do ano seguinte.


Guilherme Uchoa


Fotos: Marcos Ribolli/ Globoesportes.com (Emerson e Lucas), Reuters e Agência Estado