Foi difícil, foi suado, com bolas na trave, gols perdidos e tensão do primeiro ao último minuto. Mas ao silvo final do arbitro Leandro Vuaden no Pacaembu, na noite de quarta-feira (23), veio o alívio corintiano.
Paulinho comemora com torcedor o gol da classificação |
Depois de 177 minutos de placar inalterável, tanto em São Januário quanto no Pacaembu, Paulinho aproveitou cobrança de escanteio para finalmente, aos 42 minutos da segunda etapa, abrir o placar e recolocar o timão em semifinal da competição mais importante do continente. Desde 2000, quando foi eliminado pelo Palmeiras, o alvinegro do Parque São Jorge não chegava tão longe na competição continental.
Antes disso, porém, o Vasco poderia ter escrito uma história diferente para a partida. Chances perdidas pelas duas equipes a parte, o lance protagonizado por Diego Souza (e bem defendido por Cássio) foi a oportunidade mais clara de gol nos dois confrontos.
Aos 18 minutos da segunda etapa de jogo, o meia vascaíno interceptou chute de Alessandro – último corintiano - e disparou sozinho desde o seu campo de defesa até a entrada da área de Cássio. O chute de chapa buscava o canto direito do gol, mas encontrou os dedos de Cássio no caminho, antes de se perder pela linha de fundo. Se tivesse confirmado o tento, o clube carioca poderia até sofrer o empate que mesmo assim garantiria vaga entre os quatro melhores do campeonato.
Diego Souza (10) desperdiça chance diante de Cássio |
Mas como futebol não é feito de “se”, coube ao volante-artilheiro Paulinho colocar a bola no fundo do barbante e garantir a alegria dos torcedores paulistas (reforçados pelos berros do expulso técnico Tite) nas numeradas do estádio.
Contando com o gol de ontem, Paulinho chegou a 17 gols na ‘era Tite’. Desde 2010, quando o técnico gaúcho assumiu a equipe, somente Liédson marcou mais vezes, com 26 tentos.
Agora o Corinthians aguarda a definição do confronto entre Santos e Vélez Sarsfield (Argentina) para saber qual adversário deverá superar para chegar a primeira final de Libertadores da América de sua história.
Flu se torna mais uma vítima do Boca
Apesar de o Vasco ter desperdiçado chances claras de gol, foi o Fluminense que sofreu a eliminação mais traumática da noite.
Silva empatou a partida aos 45 do segundo tempo |
Jogando pela quarta vez contra o Boca Juniors nessa atual Libertadores da América, o Flu abriu o placar em cobrança de falta de Carleto, aos 17 minutos da primeira etapa de jogo. Como o placar levava a partida para os pênaltis, os cariocas prosseguiram dominando as ações durante os primeiros 45 minutos de partida, mas não conseguiram ampliar o marcador.
No segundo tempo os argentinos voltaram com postura mais agressiva, levando algum perigo a meta de Diego Cavalieri. O Fluminense tentava responder nos contra ataques, mas não foi eficiente.
Quando parecia que o duelo seria decidido nas penalidades, o uruguaio Santiago Silva aproveitou rebote de Diego Cavalieri, que espalmou bola rebatida na trave, para só empurrar para o fundo do gol e calar o mais de 30 mil torcedores tricolores no Engenhão, ja aos 45 minutos.
Os xeneizes derrubaram o 13º time do Brasil em competições sul americanas, provando sua vocação para ‘algoz’ de clubes brasileiros.
Guilherme Uchoa
Fotos: Marcos Riboli/ Globoesportes.com e agência AP
É, foi uma quarta cheia de emoções na Libertadores!
ResponderExcluirParabéns pelo texto!
Realmente foi um dia cheio de expectativa para todos os torcedores.
ResponderExcluirParabéns =D